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O Martelo das Feiticeiras - Parte 4 de 5

Este poder de cura, e gerador de Vida, auxiliando nos partos e ministrando ervas profiláticas e curativas, incomodava muito aquela sociedade patriarcal. 



Então os governos teocráticos e déspotas, se uniram ás autoridades religiosas, (as católicas, depois também as protestantes-deixando claro que não há nenhuma critica á religião, apenas cito um fato histórico-) produziram um deus punitivo e castigador, tal qual o coração de quem o inventou; juntaram-se á comunidade científica médica e engendraram mecanismos sociais como a “santa inquisição” para retirar das mulheres na maioria pobres e analfabetas, o poder de curar e ajudar umas às outras na arte, e na expertise de gerar e nutrir Vidas.

Segundo Rose Mary Muraro, na Breve Introdução Histórica do livro, trás um resumo estatístico de mortes, ou melhor assassinatos, ocorridos em nome de leis , arbitrárias e sem critérios isonômicos, e de um “deus” perverso e punitivo. Os números dos assassinatos são aterradores e ininteligíveis; as formas e os critérios das torturas são inimagináveis. 



Portanto, não vou aqui dar ênfase à tanta barbárie, mas ressalto a importância de trazer esta informação que ainda é ignorada por inúmeras mulheres. E deixo aqui uma pergunta que ontem me fiz: e se minha avó, por me benzer (com arruda), me alimentar, me curar e me acolher em sua casa (juntamente com minhas tias) fossem todas “denunciadas” para inquisição e passassem por todos aqueles sofrimentos injustos e cruéis?

É necessário que este dia, 31 de outubro, sempre fique na memória feminina; ocupe um lugar de seriedade e clareza em nossas mentes; lembrar e considerar que estas mulheres foram torturadas e assassinadas, na realidade; factual e historicamente.

Continua na próxima publicação...

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